“Recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas […] até os confins do mundo (At 1,8)

Somos chamados a ser missionários, anunciadores de Cristo, e neste Ano Jubilar da Esperança, somos intensamente convocados a ser luz, a propagar a esperança que é o próprio Deus encarnado: Jesus Cristo. Como traz o decreto conciliar Ad Gentes (AG, n. 2), a missão nasce do amor do Pai, perpassa toda a Trindade e é confiada aos apóstolos como mandato para anunciar o Cristo. Dessa forma, esse mandato encontra-se no coração da Igreja, sendo a sua essência.


O Espírito Santo continua a nos guiar, a alimentar o ardor missionário em nossos corações e a fomentar iniciativas de evangelização por meio dos diversos missionários. Não é exagero dizer que, há 40 anos, o Espírito Santo guiou o coração do padre Fábio Bertagnolli para a criação do primeiro Conselho Missionário de Seminaristas, o nosso querido COMISE. Uma iniciativa que vem formando cada vez mais “missionários seminaristas”, pois, como foi ressaltado no nosso 5º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas (COMINSE), é a missão que tem seminaristas, e não os seminaristas que têm uma missão. Justamente, é a missão que vem em primeiro lugar; é ela a motivação do caminhar da nossa Igreja, é ela que nos faz uma Igreja viva.


Nesse caminhar missionário, somos verdadeiramente peregrinos. Carregamos em nossas “mochilas” um tesouro precioso, não qualquer coisa, mas uma verdadeira joia: nossa fé. Uma preciosidade que não nos pertence, pois vem de Deus, mas que nos foi confiado. O belo é compreender que a nossa fé não nasceu do nada, mas nos foi entregue por outros: pai, mãe, avós, tios etc. Alguém nos deu esse tesouro, alguém nos apresentou o Cristo, alguém nos apresentou essa luz.


Portanto, ser um missionário seminarista neste Ano Jubilar, significa permanecer nesse peregrinar, continuar a oferecer esse precioso tesouro que temos, sem guardá-lo apenas para nós, com egoísmo, mas compartilhando a alegria do Evangelho. De tal maneira que não seja apenas um “falar sobre Cristo”, mas ser o próprio Cristo para os nossos irmãos. O mundo necessita de luz, de esperança, de alegria; necessita de Cristo. Precisa de pessoas que se importam, que vejam o sofrimento, a dor, o medo, o terror e tantas outras mazelas, e que estejam dispostas a se sacrificar, a viver com consciência missionária, com desejo de ir ao encontro e de serem cooperadores da missão.

Celebrar, desse modo, os 40 anos do COMISE é reconhecer e louvar a Deus pelos inúmeros
frutos produzidos, não por nossos méritos, mas tudo por graça de Deus. É ver que, por meio do
COMISE, tantos bispos, padres e seminaristas fazem da nossa Igreja uma Igreja em saída,
tornando-a um lugar de encontro com o Ressuscitado, e gerando novos discípulos missionários
de Cristo, novos peregrinos da esperança.

Que o bom Deus continue a suscitar, cada vez mais, no coração da Igreja, novos missionários, novos “misionaristas” e que o COMISE continue a produzir frutos para a messe do Senhor.

Wellington Tolentino Gomes – Seminarista do 1º Ano da Configuração

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