Após a expectativa que pairava sobre o conclave, e o encanto com as gaivotas que pareciam esperar a fumaça branca, o sopro do Divino Espírito Santo nos surpreendeu com um Papa de sorriso largo e coração aberto.


Ao aparecer na sacada da basílica, o sucessor de Pedro estava visivelmente emocionado, com os olhos marejados e a garganta embargada. Parecia conter as lágrimas. No entanto, católicos espalhados pelo mundo inteiro não conseguiram fazer o mesmo: soltaram gritos de alegria, dobraram os sinos, se emocionaram… um euforia contagiante.


Habemus Papam!


O novo pontífice demorou para se pronunciar. Parecia contemplar a multidão na praça São Pedro. Cumprimentou a todos com acenos expressivos e logo à primeira vista nos presenteou com um sorriso.


Em tempos marcados por guerras, violências, preconceitos, indiferença e egoísmo, recebemos um Papa que sorri. E que sorriso! Vislumbrei em sua expressão um anúncio de esperança e uma mensagem de paz:

“Que a paz esteja com todos vocês irmãos, irmãs caríssimos, esta é a primeira saudação do Cristo ressuscitado, o bom pastor, que deu a vida pelo rebanho de Deus. Também eu gostaria que esta saudação, de paz, entrasse no vosso coração, alcançasse vossas famílias, a todas as pessoas. Onde quer que estejam, a todos os povos, a toda a terra, a paz esteja convosco.”


Ele escolheu se chamar Leão XIV, mas bem poderia ter sido João Paulo III. Seu sorriso me fez recordar o Beato João Paulo I, o “Papa do sorriso”, o “Sorriso de Deus”, e sua simpatia espontânea me fez pensar em São João Paulo II.


Porém, se o sorriso e a jovialidade nos fazem lembrar João Paulo, seu discurso, cheio de ternura e afeto, nos recorda as palavras ainda vivas e ressoantes do Papa Francisco:

“Devemos buscar juntos como ser igreja missionária, uma igreja que constrói pontes, que dialoga, sempre aberta a receber como esta praça de braços abertos, a todos, todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do diálogo, de amor”.


Obrigado, Leão XIV, por já no início de seu pontificado renovar em nós a alegria que vem de Deus. Por nos lembrar que, mesmo quando o mundo se cobre de sombras, há sempre uma luz que resiste e brilha: a esperança que nunca decepciona e o amor que sempre vence!

“Deus nos quer bem, Deus nos ama a todos. O mal não prevalecerá”

Carlos Daniel de Souza Martins – Seminarista em Síntese Vocacional na Diocese de São Gabriel da Cachoeira (AM)

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