Lorena, 25 de maio de 2021.
Após terminar o período de formação no Seminário Diocesano Maria Mãe dos Sacerdotes, em Lorena-SP, a pedido do Bispo Diocesano, dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, parti juntamente com o seminarista Danilo Moraes para um período de estágio pastoral na Diocese de Colatina-ES.
Chegamos numa noite chuvosa, em 11 de março. Da capital Vitória, seguimos direto para Colatina. Na acolhida do motorista que nos levou, pudemos já notar o afeto e a solicitude com os quais seríamos recebidos. Nosso primeiro destino, local no qual nos alojamos, a Casa de Formação do Propedêutico Maria Mãe dos Pobres. Lá, recepcionando-nos, estava Pe. Marinaldo, reitor da casa e coordenador de pastoral naquela diocese. Como era tarde e sabendo de nossa longa viagem, à mesa nos esperavam com uma bela sopa, amistosamente servida por pe. Rubens Duque. Cito-o com especial deferência, pois foi com este padre de 87 anos que travei inúmeras conversas e diálogos, um intercâmbio de fé, cultura e história que certamente me ajudaram na compreensão, não apenas da sua forma de ser igreja, mas da minha própria.
Devidamente instalados, rumamos, no dia seguinte, à Catedral de Colatina, oportunidade em que pudemos também conhecer os prédios da Cúria Diocesana e da Cordis. Nos dias seguintes, visitamos algumas comunidades e, celebrando nelas a Eucaristia, constatamos a beleza e a riqueza da Igreja nas várias expressões da mesma oblatio de Cristo.
Missão à qual também fomos incumbidos foi a de ajudar nas formações dos seminaristas do propedêutico, Wellington e Davi. A eles, pudemos oferecer, apesar da escassez de tempo, nossas habilidades em Música e Língua Portuguesa, Noções Básicas de Filosofia e Metodologia Científica. Na informalidade, juntamente com os padres, os assuntos eram mais diversos; da Psicologia à Teologia, da Literatura à Pastoral. Convivemos, realmente, e o fizemos bem! Das limitações impostas pela pandemia, é justo sublinhar, fizemos motivo e ocasião para, entre nós, festejarmos e trocarmos experiências.
Em nossas andanças, passamos ainda pelas paróquias Nossa Senhora da Conceição, em Linhares, João Paulo II e São Paulo Apóstolo, ambas na mesma cidade. Ressalto aqui e agora a alegria que tenho ao rememorar a boa hospitalidade com a qual fomos recebidos pelos padres Devaldo Lorençutti, Marciel Agnezi, Fábio Chagas e Romildo da Silva. Com eles, desfrutamos, além da mesa farta, ótimas conversas e ricas experiências. Digna de nota é também a reunião do clero da qual pudemos tomar parte durante a nossa estadia na diocese. Nela, percebemos a sinergia e o espírito comum que guiam aqueles padres em sua Igreja Particular. Pela oportunidade e bom acolhimento na reunião, ressaltamos a pessoa do Administrador Diocesano, Pe. Antônio Wilson e do segundo bispo da diocese, agora emérito, Dom Décio Sossai Zandonade.
Nossa última semana foi marcada pela ida para o Seminário de Filosofia e Teologia Maria Mãe da Igreja, localizado na cidade de Serra. Naquela oportunidade, pudemos perguntar e fomos perguntados, ao longo dos dias, sobre a Igreja, a fé, a vida. Também, nessa ocasião, celebramos com a comunidade do seminário e com Pe. Edgar Rigoni, o formador daquela casa, seus 13 anos de ministério presbiteral. Visitamos ainda o Convento da Penha e outros pontos turísticos da capital e seu entorno. Nosso último destino antes do retorno foi a paróquia de São Paulo Apóstolo, que tem à sua frente o pároco Pe. Romildo da Silva, já citado. Figura despojada, alegre e de bom coração, acolheu sem reservas os estranhos paulistas. Em sua paróquia, visitamos algumas comunidades e gozamos de real e fraterna convivência.
Por fim partimos; da paróquia e do seminário, da diocese e do estado.
O modelo deixado pelo Cristo implica à nossa existência o testemunho dado em favor de Seu amor. Por isso, não é exagerado afirmar que “a missão primeira e fundamental, que deriva dos santos mistérios celebrados, é dar testemunho com a nossa vida.” (Sacramentum Caritatis, n. 85). Ora, tornamo-nos testemunhas quando nossas ações, modos de ser e de agir comunicam Aquele sobre o qual se funda nosso testemunho.
Pois bem, é certo que podemos explicar, mas não podemos provar tudo o que foi vivido nesse período de missão. O único conhecimento certo é aquele que da experiência apenas nós tivemos, restando a você, querido leitor, acreditar em nosso testemunho.
Já de Lorena nós, Danilo e Caio, alegramos-nos, pois sabemos que acreditarão em nosso relato. Afinal, vocês vivem naturalmente, a cada dia, o que nós testemunhamos em dois curtos meses neste bela e acolhedora Diocese de Colatina.
Gratidão!