O processo formativo de presbíteros, como qualquer processo de formação, é algo que se estende por toda a vida, perpassando a diversidade de ocasiões sociais e particulares que abrange a existência de cada pessoa.

Elencando as origens dos muitos jovens que buscam o seguimento de uma vida sacerdotal é comum perceber os que buscam formação após terem vivido experiências através dos movimentos e das pastorais eclesiais, os que buscam por razões de cunho pessoal e social, os que buscam autoconhecimento, os que buscam a compreensão de uma certa cosmovisão e os que buscam aprofundamento e conhecimento da espiritualidade católica. A tônica das origens é a busca por algo que inicialmente parece fora de alcance, mas que durante a formação deverá se tornar presente, pelo menos acessível. Durante a formação a psicologia ajudará conduzir, cada pessoa, pelos processos de discernimento e de entendimento das muitas motivações pessoais.

O termo ‘formação’ designa o processo, a técnica, necessária para transitar um objeto de sua forma atual até outra forma desejada, que se pretenda atingir; na formação de pessoas, tendo em vista a complexidade do objeto, a psicologia utiliza arranjos mais ou menos complexos, buscando motivar, cada pessoa, segundo seus aspectos material: corpo; e, especialmente, imaterial: a psiquê.

A psicologia é a ciência que dispõe da técnica para cuidar da psiquê humana e que conhece meios eficazes de movimentar, em cada alma, a inteligência e a vontade, direcionando os esforços das pessoas aos objetivos da formação. Significa dizer que a psicologia ajuda conduzir as pessoas pelos processos de mudança, pretendidos e necessários, quando adapta as suas diversas técnicas às necessidades particulares da formação dos seminaristas, que precisam se apropriar, com coerência, da identidade presbiteral sugerida pela Igreja.

É razoável dizer que como se trata da formação de pessoas, grande parte do processo de formação depende diretamente da disposição de cada um, de quanto cada psiquê resolve aceitar, com docilidade, os toques aplicados pela técnica formativa a fim de aderir e transitar em direção ao estado final pretendido. Uma pessoa resistente ao processo formativo é alguém que dificulta aquisição da sua forma final, ou seja, é alguém que, como o barro endurecido, retine ao toque do artesão sem alcançar conformação.

Mirella Rossini – Psicóloga do Seminário

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