Na próxima sexta-feira (20/05), o seminarista Renildo Andrade Marim será instituído acólito, na catedral de Colatina, às 19h. Você sabe o que isso significa? Veja o artigo que o seminarista Renildo escreveu e entenda mais sobre o acolitato.
O ministério do Acólito
É sabido por todos nós que pelo batismo passamos a pertencer a família cristã, irmãos no Senhor Jesus. Formamos comunidade que, de maneira viva e eficaz, por meio do protagonismo do Espírito Santo, exerce a missão eclesial na alegria e com a abertura dos corações e das mentes.
No sentido litúrgico-pastoral, a assembleia reunida se compõe de diversos ministérios e serviços, como por exemplo o grupo de canto, limpeza do templo, equipe de dizimo, acolhida, ministros extraordinários da Eucaristia, coroinhas… que dinamizam e favorecem a evangelização.
Dentre as inúmeras atividades da Igreja, temos os acólitos que também possuem suas funções próprias. Segundo a Carta Apostólica Ministeria Quaedam, do Papa Paulo VI, o “acólito é instituído para ajudar o diácono e prestar seu serviço ao sacerdote. É característico dele cuidar do serviço do altar, auxiliar o diácono e o sacerdote nas funções litúrgicas, principalmente na celebração da Missa”, zelando com amor e dedicação em tudo aquilo que lhe compete.
A Instrução Geral sobre o Missal Romano diz que o acólito exerce seu trabalho na procissão para o altar, podendo levar a cruz ou a vela; na liturgia eucarística, com a ausência do diácono, arruma o corporal sobre o altar, o purificatório, o cálice e o missal, além de apresentar o turíbulo ao sacerdote; no rito da comunhão ajuda a distribuir a Sagrada Comunhão como Ministro Extraordinário; após a distribuição da comunhão, contribui com o sacerdote ou o diácono na purificação dos vasos sagrados (cf. Missal Romano, nº 143 a 147).
O acólito é chamado a exercer seu ofício com verdadeira espiritualidade e devota piedade, contribuindo para a arte de bem celebrar.
Como nível de esclarecimento, a única diferença entre acólito e coroinha é que o primeiro é instituído também para a distribuição da Sagrada Comunhão, enquanto que o segundo não.
Por fim, sejam os acólitos, sejam as demais funções no seio da comunidade, todos somos chamados e convocados pelo Senhor para trabalhar afim de edificar o Reino de Deus e manifestar a caridade em favor de Cristo e dos irmãos.
Renildo Andrade Marim – Seminarista do 4º Ano de Teologia
Referências
PAULO VI. Ministeria Quaedam. Site do Vaticano, 2022. Disponível em: < https://www.vatican.va/content/paul-vi/es/motu_proprio/documents/hf_p-vi_motu-proprio_19720815_ministeria-quaedam.html >. Acesso em: 28 de abril de 2022.
CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO. Missal Romano. 7 ed. São Paulo: Paulus, 1992.